Quando os judeus rejeitaram a Cristo,
rejeitaram a base de sua fé. E, por outro lado, o mundo cristão de hoje,
que tem a pretensão de ter a fé em Cristo, mas rejeita a Lei de Deus,
comete um erro semelhante ao dos iludidos judeus. Os que professam
apegar-se a Cristo, polarizando nEle as suas esperanças, ao mesmo tempo
que desprezam a Lei Moral e as profecias, não estão em posição mais
segura do que os judeus descrentes. Não podem chamar inteligentemente os
pecadores ao arrependimento, pois são incapazes de explicar devidamente
o de que se devem arrepender. O pecador, ao ser exortado a abandonar
seus pecados, tem o direito de perguntar: Que é pecado? Os que respeitam
a Lei de Deus podem responder: “Pecado é a transgressão da Lei.” (I
João 3:4). Em confirmação disto o apóstolo Paulo diz: “… eu não
conheceria o pecado, não fosse a Lei.” (Romanos 7:7)
Unicamente
os que reconhecem a vigência da Lei Moral podem explicar a natureza da
expiação. Cristo veio para servir de mediador entre Deus e o homem, para
unir o homem a Deus, levando-o à obediência a Sua Lei. Não havia e não
há na Lei, poder para perdoar o transgressor. Jesus, tão-só, podia pagar
a dívida do pecador. Mas o fato de que Jesus pagou a dívida do pecador
arrependido não lhe dá licença para continuar na transgressão da Lei de
Deus; deve ele, daí por diante, viver em obediência a essa Lei.
A Lei de Deus existia antes da criação do
homem, ou do contrário Adão não podia ter pecado. Depois da
transgressão de Adão não foram mudados os princípios da Lei, mas foram
definitivamente dispostos e expressos de modo a adaptar-se ao homem em
seus estado decaído. Cristo, em conselho com o Pai, instituiu o sistema
de ofertas sacrificais; de modo que a morte, em vez de sobrevir
imediatamente ao transgressor, fosse transferida para uma vítima que
devia prefigurar a grande e perfeita oferenda do Filho de Deus.
Os pecados do povo foram em figura
transferidos para o sacerdote oficiante, que era um mediador para o
povo. O sacerdote não podia ele mesmo tornar-se oferta pelo pecado e com
sua vida fazer expiação, pois era também pecador. Por isso, em vez de
sofrer ele mesmo a morte, sacrificava um cordeiro sem mácula; a pena do
pecado era transferida para o inocente animal, que assim se tornava seu
substituto imediato, simbolizando a perfeita oferta de Jesus Cristo.
Através do sangue dessa vítima o homem, pela fé, contemplava o sangue de
Cristo, que serviria de expiação aos pecados do mundo.
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